Fernanda Torres , que recusou o papel da icônica vilã Odete Roitman no remake de "Vale Tudo", está prestes a protagonizar um filme que promete balançar o coração dos brasileiros e do mundo: "Ainda Estou Aqui". O longa, que recebeu 10 minutos de aplausos no Festival de Veneza e ganhou diversos prêmios internacionais, estreia no dia 7 de novembro. Aclamada pela crítica, a produção está gerando expectativas sobre uma possível indicação ao Oscar 2025.
Em recente coletiva de imprensa do filme em São Paulo, Fernanda comentou sobre essas expectativas, principalmente pelo fato de Fernanda Montenegro ter sido indicada com o mesmo diretor, Walter Salles, com "Central do Brasil". Na época, ela perdeu para Gwyneth Paltrow e revoltou diversos brasileiros! Será que a filha, agora, fará jus ao prêmio que deveria ser de sua mãe?
"Eu só queria dizer que esse filme já tá ocupando o que ele está ocupando. As críticas... a gente está na 'short list' (lista pequena em tradução livre) de coisas muito grandes pro tal do Oscar, né? Que parece ser a fronteira final que nós temos que atingir. Acho que o filme tem grande chance de estar entre os estrangeiros. Estamos trabalhando para, talvez, outras categorias, mas... o filme já é um acontecimento para gente", expressou ela.
No entanto, a atriz - que já foi comparada à Vanessa Lopes - deixou claro que já se considera uma vitoriosa, independente de qualquer indicação ao prêmio mais importante do cinema mundial. "Ele já está no mundo! Ele já é uma porta de entrada para o mundo! Então assim, eu acho que ele [o Oscar] é muito importante por várias questões, mas ele também não é a medida de tudo", continuou.
"Quando as pessoas falam do prêmio da mamãe, eu tento explicar que, quando um ator brasileiro, falando português, ele é nomeado, já ganhou! Pode estourar champagne! Vai pra lá sem expectativa por que ele não vai levar!", concluiu.
"Ainda Estou Aqui" (2024) é um drama biográfico brasileiro dirigido por Walter Salles, estrelado por Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello. O filme retrata a vida de Eunice Paiva, uma advogada que se torna ativista política após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, sequestrado pela ditadura militar brasileira em 1971. A trama é baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice, e narra a luta dela para criar seus cinco filhos enquanto busca respostas sobre o destino de seu marido.